Alergia Alimentar

por | 11/06/2019 | Dicas

Alergia Alimentar é uma reação adversa a determinado alimento, resultante de uma resposta exagerada do organismo a determinada substância presente nos alimentos. O organismo reage contra certas proteínas que estão presentes nos alimentos. Nesse tipo de reação, o organismo erroneamente identifica aquela proteína, que é um nutriente natural do alimento, como sendo prejudicial.

ALIMENTOS FREQUENTEMENTE ENVOLVIDOS NA ALERGIA ALIMENTAR

Qualquer alimento pode desencadear reação alérgica. No entanto, leite de vaca, ovo, soja, trigo, peixe e crustáceos são os mais envolvidos. Os alimentos podem provocar reações cruzadas, ou seja, alimentos diferentes podem induzir respostas alérgicas semelhantes no mesmo indivíduo. Não necessariamente isso vai acontecer, mas existe essa possibilidade. O paciente alérgico ao camarão pode não tolerar outros crustáceos. Da mesma forma, pacientes alérgicos ao amendoim podem também apresentar reação ao ingerir a soja, ervilha ou outros feijões.

A QUEM ACOMETE

A alergia pode se manifestar em qualquer fase da vida, mas é mais presente entre crianças. Muitas crianças se livram das alergias conforme envelhecem, mas algumas alergias podem durar a vida toda.

PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

As manifestações da alergia alimentar são variadas. São mais comuns as reações que envolvem a pele (urticária, inchaço, coceira, eczema), o aparelho gastrintestinal (diarreia, dor abdominal, vômitos) e o sistema respiratório (tosse, rouquidão e chiado no peito. Nas crianças pequenas, pode ocorrer perda de sangue nas fezes, o que pode ocasionar anemia e retardo no crescimento. Manifestações mais intensas, acometendo vários órgãos simultaneamente (reação anafilática), também podem ocorrer.

Reação Anafilática   uma reação súbita, grave que impõe socorro imediato por ser potencialmente fatal. A Reação Anafilática pode ser provocada por medicamentos, venenos de insetos e alimentos. Na Alergia Alimentar, o alimento induz a liberação maciça de substâncias químicas que vai determinar um quadro grave de resposta sistêmica associado à coceira generalizada, inchaços, tosse, rouquidão, diarreia, dor na barriga, vômitos, aperto no peito com queda da pressão arterial, arritmias cardíacas e colapso vascular (“choque anafilático”).  

DIAGNÓSTICO

O processo de diagnóstico é feito com a análise dos sintomas, tomando por base a descrição do paciente e os sinais apresentados por ele, ou por seus pais. Não existe um teste específico para determinar se é um caso de alergia alimentar ou não, mas alguns exames podem ser realizados que poderão ajudar a chegar ao diagnóstico final:

– testes cutâneos: Os testes cutâneos isoladamente não confirmam o diagnóstico de alergia alimentar. Eles apenas detectam a presença de anticorpos IgE específicos para os alimentos testados, demonstrando sensibilização. Devem ser testados apenas os alimentos suspeitos.

– dosagem de IgE específica: esse exame serve para dosar a IgE específica para os alimentos suspeitos. Também não têm valor diagnóstico, apenas demonstram se o paciente tem IgE específica para determinado alimento.

– dieta de exclusão: diante da análise do histórico médico do paciente e de exame físico sugestivos de alergia alimentar, deve ser realizada dieta de exclusão do alimento suspeito, quando identificado. Após duas a seis semanas de exclusão daquele alimento suspeito, os sintomas podem ou não desaparecer. Se os sintomas desaparecerem, um teste de provocação oral deve ser feito para se confirmar o diagnóstico. Caso contrário, o processo se reinicia até que se encontre o alimento responsável pela alergia.

– testes de provocação oral: Quando sintomas e sinais desaparecem após a exclusão do alimento suspeito, é necessária a comprovação pela provocação oral, administrando o mesmo alimento ao paciente. O teste é considerado positivo se os sintomas ressurgem, tal como eram antes da eliminação do alimento da dieta. Os testes de provocação oral servem tanto para comprovação diagnóstica como para constatar se o paciente já se tornou tolerante ao alimento. São contraindicados quando há história recente de reação anafilática grave. Nestes casos, esse exame deve ser realizado com acompanhamento especializado.

TRATAMENTO

Até o momento, não existe um medicamento específico para prevenir a Alergia Alimentar. Uma vez diagnosticada, são utilizados medicamentos específicos para o tratamento dos sintomas (crise) sendo de extrema importância fornecer orientações ao paciente e familiares para que se evite novos contatos com o alimento desencadeante. As orientações devem ser fornecidas por escrito visando a substituição do alimento excluído e evitando-se deficiências nutricionais até quadros de desnutrição importante principalmente nas crianças. O paciente deve estar sempre atento verificando o rótulo dos alimentos industrializados buscando identificar nomes relacionados ao alimento que lhe desencadeou a alergia.

PREVENÇÃO

A amamentação pode ajudar a evitar alergias. Fora isso, não existe nenhuma forma conhecida de evitar as alergias alimentares, exceto esperar mais tempo para introduzir na dieta dos bebês os alimentos que causam alergia, até que o trato gastrointestinal deles esteja mais desenvolvido. Depois que uma alergia se manifestar pela primeira vez, ficar atento e evitar o alimento nocivo.

Procure orientação de seu médico!

Fontes: site oficial da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia:
http://www.asbai.org.br/secao.asp?s=81&id=306

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